quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Balaur bondoc - versão 2018

Olá, pessoas!

Se alguém não sabe, se eu pudesse clonar um dinossauro extinto pra ter de estimação, provavelmente seria o Balaur bondoc. Você pode entrar em desespero com a minha decisão ao saber que ele tinha não UMA mas DUAS garras gigantes em. cada. pé. Sim, garrinhas de Velociraptor em dobro. Mas relaxem - provavelmente ele usava isso mais pra subir em árvores e sustentar o próprio peso (que devia ser uns quinze quilos) porque ele era fofo demais. E, claro, ele era coberto de penas ^^ (o Velociraptor também, inclusive).

O Balaur já foi retratado por aqui em 2016, mas achei que ele merecia uma segunda chance. Usei o mesmo caderno, e a essencialmente mesma técnica - caneta nanquim + colorização digital. O que mudou é que usei caneta 0.05 no lugar da 0.1, mesa digitalizadora para colorir, e mudei o software. E o mais importante: acho que estudei um pouquinho nesses dois anos e meio, não?

Eis a nova versão:

[caneta nanquim 0.05 sobre papel - c. A5 + colorização digital no AZPainter - 2018]

A proposta aqui é basicamente a misura de um coala (eu não resisti e fiz inclusive a extremamente improvável pupila em fenda) com um curiango (porque se você mora em uma ilha com pterossauros de mais de dez metros de envergadura, mermão, é melhor você ficar IGUAL MESMO a essas cascas de árvore). Inclusive fazer plumagem de curiango é uma delícia em pontilhismo: acúmulos, linhas e espaçamentos que seriam inaceitáveis em pontilhismo sério viram a camuflagem aqui. Bingo.

Caso você não tenha clicado no link para a postagem de 2016 (o que eu recomendo de todo modo, já que tem a descrição e artigos de referência sobre o bichinho), eis um comparativo aqui (até removi o fundo para ficar mais justo):


Na verdade, o que mais me incomodava era a postura inclinada, sendo que terópodes em geral são bem mais horizontais. Depois, a versão de 2016 tinha muito poucas penas na cauda. As penas da cabeça também não me agradavam muito. Sei que a intenção de 2016 era um desenho mais decorativo que realista, mas, se eu fosse refazer mesmo mantendo pegada meio art nouveau euro-oriental (?!?!?!), levaria esses fatores anatômicos em conta. O esquema de cores de 2016 era bem interessante e ainda gosto dele (veja que mantive a garganta quase igual), mas penso que uma camuflagem pesada é uma opção interessante para o Balaur (uma vez quase tudo na vizinhaça virava lanchinho de Hatzegopteryx).

Refazer desenhos de tempos em tempos é um exercício interessante. Nunca tinha refeito um desenho mais técnico de maneira tão organizada, e recomendo o exercício a todos!

Como será o Balaur dentro de dois anos e meio? (Inclusive, seria ótimo até lá ter mais fósseis da espécie descritos!)

Obrigada a quem chegou até aqui ^^. Tem sugestões ou dúvidas a respeito do Balaur e de sua reconstrução? Deixe seu comentário!

Até mais!