Voltando ao nosso caderninho "programação normal" (ou, no estilo de pequena TV balcânica, aquele monte de coisas estranhas que generosamente chamamos de "programação normal", na falta de termo melhor). Algumas páginas dele também sofreram no meu último episódio de compulsão por colorir (vide capítulo anterior). O fundo colorido é ótimo para motivos elegantes como borboletinhas, mas e quando você resolve fazer algo feliz como uma... palmeira?
[caneta-nanquim e aquarela sobre papel - 16 x 9,5 cm - 2013]
Comecei desenhando com caneta-nanquim. Ela não dá traços tão variados e delicados quanto o bico-de-pena, mas como eu já estava desenhando em pé, improvisando na lavanderia, e gato passando de um lado pro outro... melhor não. Os traços até ficaram legais no fundo colorido avulso, mas não acho que no momento captei tão bem os voumes e texturas da folhagem, e sequer iria conseguir só com caneta-nanquim, de modo que resolvi seguir com aquarela (já em ambiente sem gato pisoteando). Aproveitei também para indicar vagamente um céu com nuvens.
Tudo ficou com alguma cara de desenho animado; gostei bastante :).
E desenhar palmeiras é sempre um exercício de humildade. Você se diverte um bocado com a complexidade e variedade de cores, volumes e texturas que só podem ser captadas via super experiência artística... e, no final das contas, o aspecto nunca fica por demais distante daquelas palmeirinhas pirografadas em violão :D.
Vidimo se o/!
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