Quase nunca desenho pessoas, definitivamente não é a minha praia, e retratos menos ainda (tradução sincera: não, não me peça um retrato seu, as possibilidades de realização são, na melhor das hipóteses, irrisórias). Contudo, eu ando muito fã do Toše, e tive a *brilhante* ideia que muitos fãs têm - desenhar o rapaz -, criando assim um paradoxo estilo "amarrar um pão com a manteiga pra cima nas costas do gato".
As primeiras tentativas ficaram extremamente toscas. Não estou brincando: quando resolvi contar, já tinha feito uns 35 esboços, e só depois disso começou a ficar, de vez em quando, um pouco decentinho. Pensei então: e por que não fazer uma xilo? Bom, a primeira matriz eu nem imprimi. Essa é a segunda:
[xilogravura e carimbo - c. 16,5 x 11 cm - 2014]
Foi desavergonhadamente [/panda-kun] baseado em foto, mas essa é uma regra pra desenhar Toše. [Sim, desenhar Toše tem regras. É como arte bizantina. Interprete isso livremente.] A impressão foi em tinta a base d'água
E como avalio o resultado? Tecnicamente, tudo ficou marromenos [/trocadilho], e, ainda assim, bem acima das minhas expectativas! Diria uns 90% bom, mas porque sou muito autocrítica e ficou sério demais pro modelo. E, enquanto processo e experiência, tem sido um interessante desafio. Veremos o que virá.
Enchentes na Sérvia, Bósnia e Croácia - Imagino que a maioria das pessoas que visita aqui o zoográfica saiba que, por motivos desconhecidos, tenho um carinho especial pelos Bálcãs. Então não posso deixar de comentar algo sobre as terríveis enchentes que aconteceram mês passado por lá, assunto que tem sido pouco noticiado no Brasil, e, parece-me, mesmo internacionalmente (exceto pelas mídias da região).
Para quem não sabe: a Sérvia, a Bósnia e o leste da Croácia passaram pelas piores cheias dos últimos 120 anos (que é mais ou menos quando começaram registros mais precisos). Dezenas de milhares de pessoas deixaram seus lares; cidades e aldeias inteiras foram abandonadas. Só na Bósnia, já se fala em uma destruição maior que a da guerra de 92-95.
Por outro lado, a mobilização e a ajuda entre as pessoas igualmente não vê fronteiras.
E o que fazer daqui do Brasil? Mesmo que você não possa doar para instituições locais, compartilhe notícias e informações. Se você não pode contribuir diretamente, talvez conheça alguém que pode (inclusive pessoas que estão geograficamente mais próximas). Fale, mesmo que brevemente, sobre as enchentes no seu blog e em redes sociais. Mencione o assunto, ao menos uma vez. E, quem tem esse costume, também pode orar/mandar boas energias pela região e pedir para que os amigos o façam.
E vamos continuar acompanhando, pois certamente a reconstrução será longa também. Como dizem eles mesmos, "i to je to".
Hvala lijepa svima!
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