Olá, mundo!
No capítulo anterior, escrevi um "Andei fazendo alguns trabalhos diferentes durante estas semanas", e acabei postando mais uma gravura do Toše.
Hoje finalmente vou postar os tais dos "trabalhos diferentes" (que, aliás, só são surpresas para quem não tem a sorte grande de conviver pessoalmente comigo e acompanhar as artes em tempo real, hoho). Eis:
Demorei para postar porque queria talvez publicar os trabalhos mais maduros, sedimentados... e isso vai demorar alguns anos, se for o caso. Então resolvi postar a história no começo. E acho que mesmo as experimentações iniciais já podem trazer um pouco de inspiração para vocês.
Na verdade, tudo começou com pixel art (outra "coisa diferente" a qual tenho me dedicado). Como referência e aprendizado, resolvi transformar em pixels alguns padrões geométricos de bordados folclóricos dos Bálcãs. É mais uma maneira de tentar entender, respeitar e apreciar essa cultura, por isso considero esses trabalhos muito como experimentação e aprendizado...
E só *vários* meses depois, tive o estalo: porque não transformar pixel art em ponto cruz?
Eu já tinha feito um pouco de ponto cruz anteriormente, mesmo na infância (que guria nunca?) mas só agora acho que estou entendendo um pouquinho melhor a parada.
Dica para a vida: se vocês resolverem praticar ponto-cruz, comecem com modelos *minúsculos*, 10 x 10 pontos, 16 x 16, o menor que puderem. Eu tentei começar com um 25 x 25 e quase desisti. É melhor fazer algo simples que você possa começar e terminar rápido ;).
Os modelos que me devolveram a motivação foram estas gralhas-cinzentas que ~le eu mesma~ elaborei. Podem tentar com elas, se quiserem. Óbvio, não é para bordar todas logo de cara, escolham a que vocês gostarem mais, cada gralha é pequenina, e você só precisa de linha cinza e linha preta.
Esse esquema bonitinho e retrô foi criado com o software livre Crosti. Em Linux (mais especificamente, derivados de Ubuntu) funciona, se alguém testar em outro sistema operacional, avise-me.
Vidimo se!
sexta-feira, 29 de maio de 2015
domingo, 3 de maio de 2015
Todor (3)
Zdravo, mundo!
Eu estaria inclinada a pedir desculpas pelo intervalo sem postagens. Talvez vocês realmente esperassem mais figuras por aqui (talvez?), e por isso eu devo pedir desculpas.
[/Início do momento de reflexão, se vocês quiserem, pulem para as figuras]
Mas, por outro lado, estive pensando nos últimos meses sobre o que é essa tal de "arte" na minha vida. Por coincidência [/carece de fontes], pesquisei também um pouco sobre comunicação não-violenta. Entre outros aspectos importantes dessas técnicas (que estou muito longe de dominar, não se iludam :D), está a sugestão de não rotular as pessoas. Parece evidente quando se trata de um rótulo negativo, mas, às vezes, mesmo rótulos aparentemente neutros podem trazer consequências ruins. Por exemplo, denominar-se "artista". Parece neutro, mas é algo que gera um bocado de deveres auto-impostos e expectativas que, muitas vezes, não têm a ver com o desejo sincero de produzir uma arte bacana e ficar feliz com isso. Escrevendo isso, talvez eu estivesse é mais acertando contas não com a "arte" em si, mas com essas expectativas.
[/Fim da reflexão, até que não escrevi tanto]
Andei fazendo alguns trabalhos diferentes durante estas semanas. Ok, alguns não tão diferentes assim - essa já é a minha terceira estampa do Toše Proeski (e, na verdade, a matriz anterior não funcionou...).
Ficou um bocado mais melancólico do que o Toše costuma ser feito, em especial as últimas cópias que ficaram um pouco carregadas de tinta, mas a cópia com um pouco menos de tinta ficou bem interessante. Já está virando uma série de gravuras-homenagens...
Eu estaria inclinada a pedir desculpas pelo intervalo sem postagens. Talvez vocês realmente esperassem mais figuras por aqui (talvez?), e por isso eu devo pedir desculpas.
[/Início do momento de reflexão, se vocês quiserem, pulem para as figuras]
Mas, por outro lado, estive pensando nos últimos meses sobre o que é essa tal de "arte" na minha vida. Por coincidência [/carece de fontes], pesquisei também um pouco sobre comunicação não-violenta. Entre outros aspectos importantes dessas técnicas (que estou muito longe de dominar, não se iludam :D), está a sugestão de não rotular as pessoas. Parece evidente quando se trata de um rótulo negativo, mas, às vezes, mesmo rótulos aparentemente neutros podem trazer consequências ruins. Por exemplo, denominar-se "artista". Parece neutro, mas é algo que gera um bocado de deveres auto-impostos e expectativas que, muitas vezes, não têm a ver com o desejo sincero de produzir uma arte bacana e ficar feliz com isso. Escrevendo isso, talvez eu estivesse é mais acertando contas não com a "arte" em si, mas com essas expectativas.
[/Fim da reflexão, até que não escrevi tanto]
Andei fazendo alguns trabalhos diferentes durante estas semanas. Ok, alguns não tão diferentes assim - essa já é a minha terceira estampa do Toše Proeski (e, na verdade, a matriz anterior não funcionou...).
[xilogravura em papel oriental - c. 11,5 x 17 cm - 2015]
[xilogravura em papel oriental com flocos dourados e prateados - c. 11,5 x 18 cm - 2015]
[xilogravura em Hahnemuhle - c. 13 x 13,5 cm - 2015]
Ficou um bocado mais melancólico do que o Toše costuma ser feito, em especial as últimas cópias que ficaram um pouco carregadas de tinta, mas a cópia com um pouco menos de tinta ficou bem interessante. Já está virando uma série de gravuras-homenagens...
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