Hoje faz onze anos que perdemos o cantor macedônio Toše Proeski. Se alguém por aqui ainda não conhece, vale muito uma busca.
O carinho que ele recebe na região dos Bálcãs é algo muito difícil de explicar para quem está de fora... eu simplesmente entrei nessa de fã e deixei fluir como se essas músicas tivessem embalado minha adolescência; e, na verdade, bem poderiam. No dia de hoje, as pessoas fazem as mais diversas homenagens, algumas que exigem esforços heróicos; no meu caso, foi imprimir esse linóleo aqui com colher no Hahnemühle de 270 g/m² (e nesse outro papel pra pastel que também não foi suave):
[linóleo - c. 10 x 15 cm cada cópia - 2018]
Foi a partir de uma foto (lembra? Desenhar Toše tem regras tradicionais tipo arte bizantina, e uma das regras é desenhar da foto!) que estava guardada no meu celular já há algum tempo. Uma iluminação um tanto dramática e uma expressão bastante mais séria que o habitual (e eu tinha achado que algumas impressões da n°3 que tinham ficado dark, essa aqui ganhou); a gravação foi difícil (os meios-tons fui criando na hora) e em vários momentos achei que não ia acontecer. Mas aconteceu!
Entintar e imprimir foi outro desafio. Tenho adaptado o método Pomodoro de fazer coisas para imprimir gravuras. Antes, eu imprimia o máximo possível direto; agora, eu conto uma quantidade de gravuras - por exemplo, imprimo três cópias, depois descanso cinco minutos; imprimo mais três, descanso cinco minutos; e por aí vai. De tempos em tempos, é tirar um descanso maior. Você aumenta o tempo reservado para a sessão, porém diminui a quantidade de erros. Durante a tarde imprimi às dezenas, e, mesmo que algumas tenham saído um pouco falhas (diferenças de textura e densidade da tinta que pessoalmente aceito com gosto), nenhuma saiu seriamente do registro.
Claro que nem tudo foi no papel mais grosso. Imprimi em papel de origami também. Como é tradição, variei bastante em cores e estampas:
[linóleo - c. 15 x 15 cm cada cópia - 2018. Na segunda fileira são aqueles papéis com floquinhos metalizados :3]
E, mais uma vez, resolvi aproveitar o acampamento de impressão e pegar uma matriz antiga pra tirar mais cópias.
[xilo - c. 15 x 15 - 2018. Cliquem pra visualizar melhor, super vale!]
Essa é a gravura nº 7, de 2016. Foi feita a partir de uma sugestão de um amigo, e o processo foi um tanto difícil; e foi uma gravura que aprendi a gostar aos poucos, e hoje está entre as minhas favoritas. Mencionei na postagem original a respeito dessa gravura em particular, mas para mim ela tem uma vibração especial latino-americana - deve ser por causa da a cruz e das hachuras no rosto. Ainda não tinha impresso em degradê e no papel estampado; considerando que a roupa do Toše é estampada também, temos uma combinação ainda mais vívida e especial.
Por hoje é isso. Escrevi bastante mas um pouco corrido, desculpem se tiver erros de digitação e coisas confusas... e obrigada a todos que estão acompanhando!
Благодарам многу, Тоше! Ние сите те сакаме!
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