segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Lobo

Sziasztok =)!

[grafite sobre papel, aprox. A5 + vetorização - 2010]

Ultimamente, tenho trabalhado bastante a partir desse desenho. Começou como aquele tipo de esboço que você faz no verso dos materiais que você imprimiu para estudar croata, sabe?...... bem, provavelmente não. Mas tudo bem. De todo modo, gostei em particular desse ser lupino, e resolvi brincar com as cores - essa é uma sobreposição do desenho original e a *vetorização* (ô "pessoa" pra se divertir vetorizando pêlos u__u). No final, já estou até planejando (mais) uma gravura ^__^ (achavam que o "olá" em húngaro era por acaso?..... é, continua sendo, porque normalmente gravuras me lembram mais alemão :P).

Exposições - Falando em gravura, não esqueçam: estou expondo uma em Santo André, até dia 15.01.2010. Confiram!

Leituras - Ganhei de presente o "Adeus à Razão", do Paul Feyerabend :-). Já comentei aqui o quanto gosto desse cara, por vários motivos; por exemplo, as observações que ele faz sobre a ciência (a complexidade e riqueza do seu desenvolvimento, suas relações com o poder) são, a meu ver, bastante aplicáveis às artes. Mas claro que o fato do Feyerabend ser absurdamente engraçado para responder algumas críticas também conta pontos pra mim XD! Além disso, alguns trechos (em especial capítulos finais) chegam a me comover *such emotion*...

Observações celestes - Valeu *demais* acordar de madrugada e, na companhia de algumas mariposas de meio-palmo lá fora, ver o eclipse total da Lua em 21 de dezembro. Quando saí, ela já estava coberta pela sombra da Terra em mais de sua metade. (Além disso, "uma Lua cheia + uma sombra projetada" é, no seu aspecto visual, *totalmente* diferente de "uma meia Lua". Nunca tinha pensado nisso.)

A sombra foi progressivamente mudando de cor; começou com quase o mesmo negro frio e azulado do céu, mas aos poucos ia se revelando em tons castanhos, enquanto a área iluminada continuava brilhante e firme. Antes mesmo do eclipse se completar, quando ainda sobrava um fio considerável de brilho na Lua, um contorno circular avermelhado e incrvelmente fino definiu os limites do satélite.

Para completar, a Lua estava se pondo e, ao mesmo tempo, o Sol ia nascendo. O resultado de cor foi absolutamente peculiar - a Lua virou apenas um contorno e algumas manchas castanho-avermelhadas no céu de azul-médio, e ela assim foi sumindo no horizonte.

Lembrei dos povos antigos - pensa, você está esperando uma Lua cheia e aí aparece um pedaço de Lua, e mudando rapidamente... agora eu finalmente entendi como eclipses impressionam as pessoas - e não importa o quanto o seu povo consiga prevê-los.

Lijep pozdrav svima!

Nenhum comentário:

Postar um comentário