terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

É um rato candango!

Quando pensamos em "extinções tristes causadas por humanos", em geral pensamos no dodô, no tigre da tasmânia, talvez no pombo viajante. Mas existe uma história muito curiosa aqui no Brasil mesmo, e muito mais próxima no tempo também.

[lápis de cor sobre papel - A4 - 2018. A barra de escala tem 2 cm no total]

Essa simpática criaturinha batizada de Juscelinomys candango foi descoberta durante a construção de Brasília... e, muito provavelmente, desapareceu pelo mesmo motivo :'(. Sim, ele só foi visto nessa ocasião, ganhou nome científico presidencial, e depois nunca mais :'(. O IUCN o classifica como "extinto", e o ICMBio como criticamente ameaçado/possivelmente extinto. Eu realmente espero que esse bichinho ainda exista escondido em algum canto! Afinal, cada animal depende de um ambiente bem-preservado - é o que mais importa nessa história toda (e sabemos que o cerrado precisa de muito mais atenção do que tem).

Roedores são muito subestimados pelo pequeno porte, mas são extremamente interessantes e variados. O rato candango tinha uma série de características marcantes e incomuns; eu não me lembro de qualquer roedor que tenha a cauda grossa porém felpuda, escondendo as escamas. As cores castanhas e alaranjadas, vibrantes, também não são habituais. Como alguns parentes próximos (olar Oxymycterus), o J. candango tem garras longas nas patas anteriores (sendo um animal cavador), o focinho longo, e as orelhinhas redondas e felpudas.

Mais uma vez, reforço que sou uma amadora nesse rolê de desenho científico, a começar que ficou um pouco mais Seurat do que devia. Não sei se acertei de todo o formato da cabeça, a coloração, e a cauda. As informações são bem esparsas. Mas, mas uma vez, tentei fazer o melhor que eu podia, e comentários construtivos serão bem-vindos :)

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