Camundongo - mini-marcador em xilogravura

Essas dimensões um pouco reduzidas surgiram a partir de alguns retalhos de papéis diversos que ganhei. Ok, não são tão mini quanto os minilivros, mas já cabem bem em um livro de bolso.

Como os pedaços eram um pouco irregulares, acabaram saindo marcadores em várias versões.

[xilogravura sobre papel branco e creme - c. 13,2 x 4,8 cm - 2013]

[xilogravura sobre papel - c. 14,5 x 4,8 cm - 2013]

[xilogravura sobre papel oriental que já estava com esses furinhos da hora - c. 17 x 5 cm - 2013]

Foram impressos em casa, com tinta gráfica magenta, de gente grande! Aproveitando então o acampamento de impressão montado, resolvi tirar também alguns cães-guaxinim em tinta vermelha.

[xilogravura sobre papel - 20 x 5 cm - 2013]

Lembrando: quem se interessar em adquirir algum (ou vários) deles, é só entrar em contato pelo e-mail para combinar detalhes.

Acho que em 2013 já bati o recorde de postagens por ano no blog - mesmo considerando que em 2009 comecei praticamente em abril e fazendo as contas a este respeito. Nota: boa parte dessas postagens são xilogravuras, que é uma coisa bem trabalhosa! É uma correria, mas estou feliz em trabalhar bastante :D!

Najljepši pozdrav!

Raposas - marcadores em xilo

Olá a todos!

 

[xilogravura e carimbo - c. 20,5 +/- 0,5 x 5 cm cada marcador, c. 21 x 16 cm conjunto, 2013]

Parti de uma madeira aleatória. Não sabia o que fazer com ela até que notei que cabia bonitinho três marcadores de livros na mesma. Pensei então em fazer um conjunto de marcadores, como se fosse aquelas cartelas com selos de coleção.

Resolvi novamente gravar uma raposa - simplificando um pouco a cauda, já que essa madeira tem a textura bem marcada, o que talvez conflitasse com alguns detalhes. Depois de alguns desenhos, achei interessante a retratar igualmente tocando a flauta kaval (neste ponto também simplifiquei o desenho: omiti os furos da flauta). Esse planejamento me deu muito, muito trabalho, pois pensei as três como uma sequência de micro-animação... e, mais uma vez, fiquei surpresa com o quanto a gravação em si e a impressão foram até que tranquilas (nos meus padrões, isso é coisa de gravar ao longo de uma semana, e passar umas quatro-cinco horas seguidas imprimindo...)!

Lembrando, pessoal, que se alguém quiser adquirir marcadores/gravuras, é só entrar em contato para mais informações.

Lijep tjedan svima!

Minidesenho em minilivro - lepidópteros

Dobar dan galera!

Interrompendo brevemente a série de xilogravuras - mas para retomar os minidesenhos no minilivro da Adriana Bento. De todo modo, trabalhando firme - neste mês de novembro de 2013 atingi o ~incrível recorde~ de cinco postagens X'D!

[caneta nanquim sobre papel - páginas do tamanho aproximado de um post-it - 2013]

[como é difícil fotografar um livro tão pequenino, dá pra aproveitar e fazer essas composições bacaninhas :) - o desenho é o da foto anterior e a aquarela já foi postada por aqui mesmo no zoográfica]

[caneta nanquim e lápis metalizado - 2013]

Desta vez sequer cheguei a utilizar a caneta nanquim 04, fiquei só na 01 e 005 mesmo :).

Ah, e antes que me perguntem, esses pequenos lepidópteros já foram encontrados mortos :(. Se alguém souber de que espécie/gênero/família são, agradeço!

Boa semana, pessoal!

Cão-guaxinim - marcador em xilo

Olá, galera!

Nos capítulos anteriores, gravei uma matriz MDF. E fiz um marcador de livros com a matriz em pinus. Agora, vai um marcador de livros com a matriz em MDF:

[matriz em MDF - 20 x 5 cm - 2013]

[xilogravura e carimbo]

Assim como a siva vrana, foi impresso na oficina do Luciano Ogura.

Pra quem se pergunta que bicho é esse, é um cão-guaxinim (Nyctereutes procyonoides), conhecido em croata como kunopas, "cão-marta". Parece *muito* um guaxinim, mas se trata na verdade de um canídeo. Do mesmo modo que a raposa, uma porção de estudos precedeu a realização da gravura...

É um bichinho legal de gravar, pois tem basicamente uma área de pelo escuro e outra de pelo cinzento, então é só fazer um fundo claro que você já tem uma gravura interessante com uma área escura, outra clara e uma terceira com um padrão ou textura ;D.

O carimbinho é o mesmo dos peixes e da raposa da kaval - feito com um pedaço de borracha plástica. Na gravura dos peixes usei para o carimbo a própria tinta de xilo a base d'água, e nos marcadores foi tinta de carimbo mesmo (hvala Rodolfo :D).

Lijep pozdrav!

Raposa - xilogravura

Dobar dan svima :D!

E mais xilogravura, estou realmente feliz em fazer xilos e mais xilos :). Nada muito sofisticado, mas não me importo. Desta vez, marcadores de livros.

[xilogravura e carimbo - 20 x 5 cm - 2013]

É uma raposa tocando uma flauta - precisamente, uma flauta balcânica, de som lindo, chamada kaval. Gravei em um pedaço macio de pinus de uns 8 x 20 cm que saltou magicamente de minha bagunça enquanto eu pensava "ei, estou com uma vontade de fazer marcadores de livros...". Achei que iria ter muito trabalho gravando os bigodinhos e a flauta, mas nem tanto - por incrível que possa parecer, a cauda foi muito mais trabalhosa

Na verdade, muito mais trabalhoso que tudo foi planejar a gravura. Tive que desenhar raposas e mais raposas até pegar o jeito do bicho - muitas vezes elas ficavam com cara de lobo (e quem viu meus cadernos cheios de lobos misturados em equações diferenciais sabe o porquê). Depois, estudar um pouco o kaval. E, enfim, tentar uma composição (da imagem, não musical, amigos XD) e descobrir se, e o quanto, estilizava a raposa. O desenho do carimbinho surgiu no meio dos estudos pra raposa; realizei-o de antemão, contudo, e já o utilizei na gravura dos peixes. Talvez o adote...

Bom fim de semana!

Peixes - xilogravura

"Não é a emoção, a sinceridade do sentimento da natureza, que nos impele? E se essas emoções são às vezes tão fortes que trabalhamos sem sentir que estamos trabalhando, quando às vezes os toques vêm numa sequência e relacionados entre si como as palavras de um discurso ou de uma carta, é preciso lembrar-se então que nem sempre foi assim, e que no futuro haverá também muitos dias pesados, sem inspiração.

Portanto, é preciso bater no ferro enquanto ele ainda está quente e ir armazenando as barras forjadas." (Vincent Van Gogh, trecho da carta 504 na numeração da L&PM e 631 no catálogo do Van Gogh Museum, por volta de 25 de junho de 1888)

Segunda matriz em MDF (com uma "moldurinha" clara e matriz previamente aquarelada, vide capítulo anterior :P). Esta gravura também partiu de uma foto que cortei e editei bem basicamente no GIMP, passando então as linhas principais com o papel carbono. Pena que só depois percebi que esqueci de espelhar a foto - mas tudo bem, não tinha nada escrito :P...

[xilogravura - matriz de 15 x 10 cm - 2013]

Apesar das escamas, foi muito mais tranquila de gravar em comparação com a grama na siva vrana. Na verdade, é uma gravura bem simples. Mas eu gosto muito dessa composição dos peixes.

Acabei imprimindo em casa mesmo, com a tinta vermelha a base d'água no papel oriental amarelo. O carimbo também é caseiro, fiz cortando com a goiva um pedacinho de borracha.

Lijep pozdrav svima!

Siva vrana

Olá a todos!

Eis uma experiência de gravura em MDF, na oficina do Luciano Ogura:

[matriz em MDF - 10 x 15 cm - 2013]

 [xilogravura sobre papel - 10 x 15 cm - 2013]

Foi minha primeira matriz em MDF - ou seja, pela primeira vez gravando sem se preocupar com o fio :D! Parti de uma foto e passei a delineação principal da combinação com papel-carbono (que retrô). A siva vrana (foi pelo nome croata que conheci essas carismáticas criaturas e é assim que pra mim elas se chamam :P) foi fácil de gravar: a cara e as asas são pretas, o resto é cinza, o sentido das penas é X e pronto. Agora a grama é muito mais indefinida, ou seja: por mais que eu tivesse as indicações da foto, depende muito mais... do meu próprio bom-senso :P. Além disso, combinar goivas é sempre um desafio pra mim; confesso sem modéstia que fiquei positivamente surpresa desta vez...

Comentários da série "experiência é algo que se tem sempre um minuto depois de se precisar" (foram coisas que adiantei em casa, o que explica os escorregões):

1. Parece-me mais difícil no MDF ter noção de onde você gravou ou não. Confere? E como a grama não era totalmente planejada, boa parte do tempo gravei, portanto, meio no "chutão". Só depois, quase no fim (esperta eu...), acabei tentando aquarelar de leve a matriz pra ver com mais precisão o que estava gravado ou não... conclusão (e dica pra vocês): já aquarelei as outras matrizes pra facilitar minha vida :D

2. Cortei o papel exatamente no tamanho da matriz, e alguns saíram ligeiramente menores. Ou seja, foi chatérrimo na hora de imprimir, não façam isso! Como ainda tenho cartões cortados, na próxima matriz vou gravar uma moldurinha clara e pronto.

Mais dicas e comentários são bem-vindos :).

Por enquanto é isso, lijep tjedan svima!

Minidesenho em minilivro

Dobro jutro a todos!

Mais trabalhos em nanquim. É uma miniconcha (nem tão mini assim, ok - conhecedores reais de conchas sabem de quantas e quantas maravilhinhas se escondem na areia!) com algo artrópode dentro - um bernardo-minieremita, talvez?

O minilivro é trabalho da fofa e prendada Adriana Bento :)

[caneta nanquim sobre minilivro - páginas do tamanho aproximado de um post-it - 2013]

Usei canetas 04, 01 e 005. A limitação nas dimensões do papel é um exercício interessante pois, por mais que você procure fazer o trabalho com detalhamento, você é em algum momento obrigado a fazer o desenho quase em estenografia... ou seja, acaba descobrindo mais recursos de combinações de sinais em nanquim. [Esta informação foi útil e compreensível pra você que desenha? S/N]

Além desta conchinha, também pretendo desenhar outros miniitens - penas, outras conchas, borboletinhas...

Obrigada pela visita :D! Aproveitem e espiem igualmente o meu portfólio no Carbonmade e o Twitter (que voltei a atualizar). Se quiserem, deixem comentários ou entrem em contato por e-mail, serão bem-vindos!

Até mais o/

Raposa da estepe (ou outra raposa)

Dobar dan, gente boa!

Como talvez vocês tenham acompanhado no zoografica.carbonmade.com, estou treinando bastante com caneta nanquim. Lá tem algumas aves (e fiz mais algumas que ainda não publiquei), uma concha, e talvez vocês tenham visto a pena de pica-pau (se chegaram aqui pelo cartão novo de visita). Então resolvi incluir um bicho felpudo este embalo recente:

[caneta nanquim - c. A5 (acho que não comentei, mas é um caderno, o mesmo do pavão) - 2013]

Desenhei a partir de uma foto de Vulpes corsac, a raposa da estepe, mas acho que ficou bem mais com carinha da raposa vermelha comum, Vulpes vulpes (até parece que eu saberia as diferenciar direito em um desenho sem cores ~se alguém duvida: not~).

Estou com duas canetas, uma 0.4 e uma 0.1, e procurei misturar o uso de ambas para conseguir a textura da pelagem. Desenhar mamíferos com nanquim é um pouco engraçado, porque você não sabe quando parar esse trabalho de textura... com aves, é um pouco diferente, especialmente se, na maior parte do processo, você está preocupado em definir cada pena. A concha também foi assim: tão logo está descrito tudo o que é mais importante, o desenho acaba - a impressão é que ele se conclui quase sozinho. No entanto, na raposa, ele ainda não está pronto, e já esteve pronto muitas vezes antes: senti muito mais que deveria decidir eu mesma quando o desenho está completo...

Se alguém tem curiosidade sobre a frase de efeito entre aspas, é um pedaço de uma música que estava na minha cabeça enquanto eu fazia o esboço, Još i danas zamiriše trešnja - e é claro que a versão que eu recomendo é a do Toše Proeski ^_^.

Lijep vikend svima :)!

Novidades... ou não :D

Dobra večer svima!

[trabalho em andamento - caneta nanquim sobre papel - c. A5 - 2013]

Gente, eu gosto de pavões. Só o porte e o interessante padrão das asas já são maravilhosos de se desenhar. E as cores, então... fisicamente inimitáveis em qualquer pigmento, pela característica iridescente das penas. Todas as nossas possibilidades, portanto, estão em analogias /* fim da frase de efeito */. E, neste caso, busquei trabalhar com sinais monocromáticos em caneta nanquim.

(...)

Talvez vocês não tenham percebido o quanto ando empolgada com essa técnica porque não postei muito esses desenhos por aqui, mas vocês podem conferir (inclusive esse trabalho do pavão em seu estado final e mais outros trabalhos que não estão no blog) no zoografica.carbonmade.com.

Gosto muito do blog porque nele posso divagar um pouco mais sobre os processos de criação e realização, na esperança que isso seja útil para quem desenha também - ou para a apreciação da parte dos curiosos sobre arte.

Porém, achei uma boa ideia disponibilizar um resumão com figuras, é aquele "olá" compacto e de pronúncia clara  /* deixa para: pessoal, divulgue ;D */.

Comentários são bem-vindos por aqui, por e-mail, por etc. B-)

Até mais e bom fim de semana!

Trešnja

Dobra večer svima :)!

[xilogravura - c. 30 x 15 cm - 2013]

Sim, estou empolgada com a tinta vermelha no papel amarelo :)...

Até mais!

Falcões - xilogravura (papel amarelo/tinta vermelha)

Dobar dan svima :D

Sim, gostei tanto do papel amarelo e da tinta vermelha que não me contentei em imprimir apenas os pelicanos ("no capítulo anterior...").

[xilogravura sobre papel - 48 x 10 cm - matriz 2010/2011, impressão 2013 - recomendo fullview para melhor apreciação ^.^ - e é claro que eu não me lembrava destas informações de memória, copiei daqui]

Galera que faz xilogravura e ainda guarda as matrizes: recomendo bastante separar um dia especialmente para reimprimir seus trabalhos favoritos. É uma boa chance de fazer uma bela revisão, e, reavaliando com calma as próprias gravuras, reforçar o que aprendeu pela experiência... e assim partir com mais pique e decisão para a gravar a próxima ;D.

Até mais!

Câmera lenta

Olá a todo mundo :D

Segue mais uma gravura de tampa de caixa:

[xilogravura - ainda não medi - 2013 - fullview, queridos :D!]

O desenho dos pelicanos foi de observação, em um caderno de esboços de... eu não sei, 2006, 2008? Passei para madeira em meados de 2011 ou 2012, creio eu. E só terminei de gravar agora. De lá pra cá meu desenho mudou bastante - ou seja, um só trabalho abarca todas essas mudanças...

//início da especulação

Resolvi imprimir em casa mesmo, com tinta a base d'água. Acho as tintas a base de óleo mais bonitas - essa é um pouco opaca. Outro problema é eu tive a impressão - desconsiderem o trocadilho involuntário, por favor! - que ela seca rápido demais. Mas pode ter sido: (a) o tipo de um dos papéis; (b) o tempo seco aqui do inverno paulistano (então se em um belo dia de verão em Skopje bater aquela vontade de imprimir xilogravura, fica a dica: tinta a base de óleo!); (c) um pouquinho de água que eu resolvi adicionar em um momento (não façam isso); (d) ou até alguma interação estranha com a goma laca (percebi que parte dela chooooorando se foi sumiu da matriz o.O).

//fim da especulação

Mas quem liga pra tudo isso quando você estava com aquela saudades de imprimir gravura :D? E sim, no papel amarelo. Muitas cores!

[histograma :D]

Resumindo, é uma excelente pedida pra quem não tem ateliê, precisa improvisar onde secar as gravuras, não tem muito pique de limpar tudo com solventes ou mesmo pra quem quer começar a fazer xilo ou ensinar os amigos. Enfim, é uma alternativa pra manter a chama da arte acesa... (final piegas, mas gostei dele mesmo assim)

Vidimo se o/

Quem é este pangolim?

Boa noite, gente boa :D!

Às vezes tenho vontade de desenhar um pouco animais bem exóticos e específicos (binturongs, megaloceros, espiem os arquivos do blog). Desta vez, estudei alguns pangolins. A distribuição das escamas é realmente muito, muito bonita, e é uma delícia de desenhar! Aqui o esboço que achei mais interessante:

[aquarela, grafite e caneta-nanquim sobre papel - c. 16 X 9 cm - 2013]

Eu sei que vocês pararam aqui por causa da figura, mas, além do desenho, gostaria de expor dúvidas e recomendações. Agradar-me-ia [escrevo esta mesóclise não por arrogância, mas só porque *quase sempre* me esqueço de mesóclises então vamos aproveitar este momento especial no qual eu me lembrei, galera] se vocês aproveitassem a visita para ler uma meia-meia dúzia de recados:

Exposições - Pessoas, recomendo *demais* a exposição das Tartarugas Ninjas dos Renascentistas no CCBB de São Paulo! Vale até encarar a fila gigante pra quem só pode visitar de fim-de-semana - durante a semana, a fila "só" é bem grande (em todo caso, leve lanchinho, água e boas companhias). Muito legal ver não """apenas""" as obras que se encaixam perfeitamente no que a gente aprende em história da arte - tem uma porção de surpresas por lá! Enfim, chance excelente de apreciar trabalhos de artistas ao mesmo tempo conhecidos e desconhecidos (já que raramente vemos essas obras de perto). Pessoalmente, não posso deixar de mencionar o quanto fiquei encantada com o "Cristo Benedicente" do Rafael (não que eu tenha chegado a desenvolver sintomas físicos, mas entendi um pouco mais o que leva alguém a desenvolver síndrome de Stendhal...).

Livros - resolvi reler as "Cartas a Theo", do Van Gogh (é sempre interessante ler algo, deixar passar alguns anos, e depois voltar a ler: algumas passagens ganham nova vida e significado). Considero as cartas essenciais para todo mundo que se interessa pelo trabalho do Van Gogh, pois trazem em detalhes uma grande variedade de referências: visitas a exposições e comentários, muitas cores, detalhes do dia-a-dia, leituras, descrições de exercícios de desenho e pintura... enfim, um mundo variado que alimenta o trabalho. Se você não tem tempo/paciência/vontade de ler tudo, ao menos dê uma olhada na longa carta de agosto de 1880 (carta 133 na edição de bolso brasileira, 155 no material online do Van Gogh Museum).

Xilogravura - Pretendo fazer algumas xilos, e preciso de algumas dicas, em especial sobre tintas coloridas. Tintas à base d'água ficam insolúveis depois de secas? (Pergunto pois queria fazer algumas xilos coloridas porém robustas, utilitárias.) Ou alguém recomenda alguma boa receita de tinta para xilo a partir de tinta a óleo? (Afinal tenho um tanto de tinta em casa :D). Sim, eu sei, até vi algumas dicas e observações na internet, mas quanto mais detalhes, melhor...

Post longo, obrigada por ler :D!

Por hora é isso ^_^.....

Vidimo se!

Árvores

Olá a todos!

Semana passada publiquei um esboço de gatinho digitalizado toscamente e sem muitas explicações. Essa semana será um pouquinho diferente: seguem alguns esboços de árvores, fotografados toscamente, e com menos explicações ainda:

[grafite, lápis sanguínea e aquarela sobre papel - aproximadamente A5 - 2013]

Bom, modéstia à parte - ao menos os desenhos em si estão decentinhos :D. Pelo jeito estou conseguindo aplicar o que aprendi desenhando palmeiras (sério, recomendo, é um ótimo exercício) em outros exemplares do reino vegetal...

Lijep vikend svima!

Gato - esboço

Dobro jutro!

Depois de uns dois meses (!!!) de férias do zoográfica, eis-me de volta :).

[caneta nanquim e aquarela sobre papel - 16 x 9,5 cm (página) - 2013]

Tanto tempo depois, talvez vocês esperassem, além de explicações, algo ligeiramente mais glamouroso que um esboço de um gatinho avulso, e digitalizado de maneira bem tosca. Mas... eu gosto dessas pequenas criaturas :).

Simples assim.

Lijep vikend svima :D!

Mais árvores da hora...

... e, desta vez, é uma daquelas ainda mais exóticas e decorativas :). Sem muitas explicações sobre o processo desta vez; eu simplesmente estou me divertindo cada vez mais :).

[caneta-nanquim e aquarela sobre papel - A5 - 2013]

Pozz :)! Boa semana a todos.

Impressões

Olá :D!

Ontem encontrei um peixe do gyotaku nas redes sociais (que trocadilho logo no começo do texto - isso que dá ouvir muita música do Oliver Dragojević com metáforas dalmatinas de mar). Fiquei apenas pensando como é que o cheiro de peixe não pega no papel e não fica lá para sempre, enfim...

De todo modo, tive a idéia de imprimir algumas coisinhas simpáticas que tenho em casa; comecei com algo que deve ser uma pena de ganso. A expectativa era captar, em negativo (depositando tinta ao redor da pena) e em positivo (utilizando a própria pena como carimbo) a estutura desta fascinante e bela manifestação da natureza, em todo o seu intricado desenho sofisticado e funcional.

Agora, eis a realidade...

[aquarela sobre papel - A5 - 2013 - "... uma vez que pintar pinheirinhos do jeito normal é muito mainstream B-)"]

Sorte que não é a primeira impressão a que fica :D (dessa vez não posso fingir que o trocadilho foi via trilha sonora).

Com o tempo, a coisa foi melhorando um pouco - depositar mais ou menos uniformemente a tinta em uma pena, e ainda mais tinta a base d'água, exige toda uma delicada técnica especial que eu não faço a menor ideia de qual seria.

Também testei imprimir a textura de uma concha. Como tanto o papel quando a pena são razoavelmente flexíveis, ambos se adaptam bem no momento de impressão; já a concha exige um tanto mais de paciência.

[aquarela sobre papel - tamanhos diversos, todos pequenos - 2013]

Contudo, minha impressão favorita foi desta pluma de sabiá-laranjeira. Foi bastante trabalhosa; além de depositar a tinta, buscando reproduzir as cores do objeto original, tive também que separar as barbas da pluma, coladas com a umidade e a tinta, e arranjar uma disposição de bom desenho.

[aquarela sobre papel - também é pequeno, já que é pluma de sabiá em tamanho natural - 2013]

Pretendo continuar com mais testes e experiências nessa linha... esta aí mais uma maneira do papel se lembrar dos detalhes bacanas que vejo por aí :)

Lijep vikend svima!

Dromedário

Ahoj :D!

Eu até tenho coisas novas pra postar, mas fiquei com vontade de publicar uma figura das antigas:

[óleo sobre tela - 30 x 60 cm - 2006]

De onde veio essa vontade? Primeiro, esse trabalho fez a *proeza* de ser mais antigo que este blog, que completou quatro anos ontem - então vamos postar coisa velha para comemorar \o/.

Depois, porque ele ajuda a esclarecer uma dúvida de uma amiga minha sobre "comprar materiai$ artístico$ bacana$". [Na verdade, ela perguntou sobre nanquim e bico-de-pena; como eu não manjo muito dos materiais disponíveis para essa técnica, então reinterpretei a questão de uma maneira mais genérica, ou seja, respondo algo que ela não perguntou e ainda assim pareço legal B-).]

Eu me lembro que, quando trabalhei com pintura a óleo na faculdade, usei desde pó xadrez - sim, é daí que você reconhece o ocre do camelo dromedário - até tinta importada (ok, estava em oferta - as embalagens estavam inclusive vazando um pouco, o que na verdade é ótimo para se livrar do óleo em excesso, mais uma dica!).

A qualidade das telas também variava bastante. E o mesmo valia para os papéis de desenho. Volta e meia eu saía pra desenhar em museus, parques e tudo o mais - esse dromedário veio de um esboço no zoológico, em um caderno A4 de papel reciclado - com papéis dos mais diversos tipos (e valores), usados de maneira razoavelmente randômica.

E essa bagunça funcionou? Ao menos recomendo a experiência: eu me diverti (ainda me divirto) e sinto que foi por meio do desenho e pintura descontraído, contando com diversos materiais artísticos, que hoje percebo melhor como funciona cada um deles. Ou seja, mais possibilidades de diversão pela frente :)!

Nashle!

Árvores da hora - agora flutuando B-)

Voltando ao nosso caderninho "programação normal" (ou, no estilo de pequena TV balcânica, aquele monte de coisas estranhas que generosamente chamamos de "programação normal", na falta de termo melhor). Algumas páginas dele também sofreram no meu último episódio de compulsão por colorir (vide capítulo anterior). O fundo colorido é ótimo para motivos elegantes como borboletinhas, mas e quando você resolve fazer algo feliz como uma... palmeira?

[caneta-nanquim e aquarela sobre papel - 16 x 9,5 cm - 2013]

Comecei desenhando com caneta-nanquim. Ela não dá traços tão variados e delicados quanto o bico-de-pena, mas como eu já estava desenhando em pé, improvisando na lavanderia, e gato passando de um lado pro outro... melhor não. Os traços até ficaram legais no fundo colorido avulso, mas não acho que no momento captei tão bem os voumes e texturas da folhagem, e sequer iria conseguir só com caneta-nanquim, de modo que resolvi seguir com aquarela (já em ambiente sem gato pisoteando). Aproveitei também para indicar vagamente um céu com nuvens.

Tudo ficou com alguma cara de desenho animado; gostei bastante :).

E desenhar palmeiras é sempre um exercício de humildade. Você se diverte um bocado com a complexidade e variedade de cores, volumes e texturas que só podem ser captadas via super experiência artística... e, no final das contas, o aspecto nunca fica por demais distante daquelas palmeirinhas pirografadas em violão :D.

Vidimo se o/!

Borboleta

"Com semanas de antecedência, eu preenchia um caderno que meu pai montara com folhas soltas de figuras, números, notas: '23 dias para o Natal' - acompanhado por um desenho; '22 dias para o Natal' - seguido de alguma garatuja ilegível, e assim por diante. Eu adorava cobrir papel limpo, em branco, com cores, linhas, palavras." (Paul Feyerabend, sobre mais uma vinheta da infância)

[grafite e aquarela sobre papel - A5, agora em outro caderno :D - 2013]

Eu poderia dizer que resolvi trabalhar, mais uma vez, com materiais tri tradicionais porque vi recentemente a exposição do Dürer e seus amiguinhos; realmente me interessei pelos trabalhos com o papel colorido (previamente?) em aquarela, trabalhado com lápis claros e escuros. Mas isso não explica - se eu vi a exposição deve fazer mais de mês, porque só comecei agora?

Simples. Bateu ansidade avulsa, e comecei a pintar páginas e mais páginas e mais páginas (umas trinta ou quarenta, de dois cadernos) com aquarela lisa, pensando em desenhar depois. Só isso :D! Comprar o papel já na cor certa pra quê, né? Sim, eu sei, a aquarela te dá mais controle da cor desejada, permite manchas bregas típicas desta região da Borda Ocidental da Galáxia e principalmente é muito mais luminosa, mas enfim!... E, falando em borda, a borda do papel permaneceu branca, só não tive a paciência de escanear bonitinho...

Não que motivos sérios sejam irrelevantes, pelo contrário, mas daí a achar que arte é só feita de razões nobres é um exagero que não me agrada...

Ah, se você está se perguntando (alguém lê isto, gente?), achei essa borboletinha já meio seca no Metrô. Se alguém conseguir identificar qual é - acho que espécie é difícil, quem sabe gênero ou mesmo família... - , agradeço!

Lijep tjedan svima :)!

LInce

Dobar dan =^..^=!

[grafite e aquarela sobre papel - 9,5 x 16 cm - 2013]

O bom e velho caderninho, só que na horizontal :).

Enquanto realizava o trabalho de pintura, lembrei me muito do bom e velho "navegar é preciso, viver não é preciso", mas tomando o "preciso" no sentido de "exato". O trabalho nas manchas do lince pediu uma medida certa de umedecer o papel e depositar a aquarela sépia, deixando a tinta por si mesma se espalhar...

Boa tarde de domingo a todos!

Edição, alguns minutos depois: o fofíssimo do Rafael resolveu ilustrar a aquarela com um poema. Obrigada, rapaz :D!

Aqua Vitae

Aquarela boa,

Abala

Por me fazer esquecer

De friamente ver

Que é água rala.

Árvores da hora que você não vê na Macedônia

Dobro jutro svima :D!

[aquarela sobre papel - c. 16 x 9,5 cm - 2013]

Estudos de palmeiras (alô alô biólogos... palmeiras são árvores mesmo ou nos iludimos? Confere produção? Aliás, se alguém descobrir que espécie é essa, agradeço ^.^). O processo foi tri interessante, pois não se trata de um desenho prévio posteriormente aquarelado, e sim eu fui trabalhando com a aquarela direto da observação, sem qualquer lápis. Agradou-me muito, particularmente, trabalhar com inúmeros verdes, tanto mais vívidos quanto neutros, combinando ocres e castanhos.

Lijep pozdrav!

Turdus rufiventris

Olá a todos!

Voltando aos estudos de pássaros aqui no zoográfica. Finalmente aquarelando uma espécie que há tempos merecia figuras no blog: o sabiá-laranjeira :).

[grafite e aquarela sobre papel - 16 x 9,5 cm - pois é, há tanto tempo não mando nada pra salão que até esqueci que a ordem das dimensões costuma ser altura x largura XD; confere, produção? - 2013 mesmo :)]

Procurei estudar bastante a cor dos castanhos esbatidos do dorso, e também o alaranjado da barriga, com o qual estou bastante satisfeita. É difícil fazer laranjas luminosos, dependendo dos pigmentos que você tem à mão e da composição!

Considero o primeiro sabiá um pouco "travadinho", tanto em termos de desenho quanto na aquarela, mas gostei bastante do trabalho nas peninhas da garganta. Já o segundo me pareceu muito mais vívido, com a aquarela mais leve, e a cabeça melhor delineada. Engraçado que eu só reparei que o sabiá-laranjeira tem o contorno dos olhos amarelos depois que desenhei alguns de seus primos europeus, os melros, nos quais essa característica é mais evidente em função da plumagem negra...

Lijep pozdrav i vikend svima :)!

Leão moço

Bom dia :)!

Mais felinos no caderno de capa preta. Achei que uma das carinhas de leões de duas postagens atrás ia ficar da hora com aquarela... a outra já estava bastante gráfica, lembra bastante leões de estátuas e selos (seja lá o que isso for, acho que vocês entenderam o que eu quis dizer). Enfim, eis a figura, pra você paciente que leu este parágrafo.

[grafite e aquarela sobre papel - c. 9,5 x 16 cm, passou preguicinha de copiar as dimensões do caderninho B-) - 2012/2013]

"É uma leoa ou um leão ainda imberbe?" (questão)

Um leão ainda mocinho, acho =^^=. Ao menos desenhei nessa intenção de estudo! Ademais, existem leões adultos que não desenvolvem juba mesmo...

Lijep vikend svima B-)!

Gato... e Sretna Nova Godina :)!

Dobro jutro svima o/

[grafite sobre papel - o tamanho do caderninho é o de sempre... - 2012 ainda]

Começando 2013 com mais uma do caderninho. Esse é meu gato. Ele é tão grande que mereceu página dupla B-)!

Além disso, é muito bom volta e meia voltar a desenhar de observação de modelo vivo; ultimamente ando muito mais "indoor", desenhando a partir de fotos e aquarelando de cabeça. Eu gosto disso mas, como já disse mais de uma vez por aqui, é importante variar as maneiras de se aproximar do desenho...

Até mais a todos :)
PS: Alguém chegou aqui digitando "sretna nova godina" na busca :P....